Nas aulas de História, aprendemos que as guerras e as epidemias, que assolaram o nosso planeta, causaram destruição e medo, mortes e saudade, mas nunca nos apercebemos exatamente como é viver durante um período de calamidade. Para muitos de nós, isso mudou no ano de 2020.
Vivíamos todos as nossas vidas normais, com os nossos problemas, trabalhando e divertindo-nos, até que, de repente, tudo foi virado de cabeça para baixo. Chegou um novo vírus. Mortal. Infecioso. Repentinamente, estávamos todos fechados em casa, sentados numa cadeira com um computador à frente. Para sair à rua (o que raramente fazíamos) tínhamos de usar um pano na cara e lavar as mãos cerca de “cinquenta vezes”, com o medo de apanharmos esta doença desconhecida. Como acontece na obra literária A Peste, de Albert Camus, “[…] as pestes, assim como as guerras, encontram sempre as pessoas igualmente desprevenidas”.
No nosso país, o sistema da saúde quebrava, com falta de camas, materiais e ventiladores, e com excesso de doentes. Nas ruas, tudo o que não era essencial estava fechado, logo, o baixo rendimento levou ao despedimento de milhares de portugueses e a economia do país começou a falhar. O medo reinava, não havia respostas para as perguntas, nem soluções para os problemas.
No entanto, a meu ver, esta pandemia, apesar de trazer desgraça e descontrolo, também trouxe algo de bom: ajudou-nos a perceber o que realmente importa.
Daniela Fragoso, 10ºB/F, AESA-ESPAM
Prof.ª Saudade Mestre