Será a liberdade de decisão absoluta?!

Ao longo da vida, o ser humano é sistematicamente confrontado com a necessidade de tomar decisões, exercendo o direito de as tomar livremente.

No entanto, na minha opinião, em algumas situações, a liberdade de decisão não é absoluta. Uma das razões que me leva a ter este ponto de vista prende-se com o facto de muitas das nossas ações resultarem de causas anteriores que não controlamos. Um exemplo que fundamenta a minha opinião é o facto de Heitor ter aceitado o duelo com Aquiles, na “Ilíada” de Homero, e esta decisão ter sido causada pelas crenças, que lhe incutiram desde criança, que o faziam pensar que fugir a uma luta era pior que morrer: Aquiles morre pela glória do seu nome, pela conquista da imortalidade;  Heitor morre porque entregar-se não é uma alternativa válida. A ação está condicionada pelo dever à sua cidade. Este é o elogio de Homero à humanidade que, na figura de Heitor, personifica a vontade livre para além dos limites físicos, a morte.

Outra razão que fundamenta a minha opinião é o facto de algumas das nossas ações serem coagidas e, por isso, não temos liberdade absoluta. Por exemplo, quando somos assaltados, somos obrigados a entregar tudo o que temos.

Concluindo, acredito que a liberdade de decisão não é de todo absoluta ou porque as nossas ações resultam de causas anteriores que estão fora do nosso controlo ou porque são coagidas.

João Fragoso, 10ºF, ESPAM-AESA

Prof.ª Helena Marques

Jornal “O Leme” – 833 – Junho de 2023

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