AESA em Erasmus+, Alemanha

O projeto Erasmus+ proporcionou mais uma experiência, neste caso, na modalidade de jobshadowing em Freiburg, Alemanha, em novembro último, na escola Wentzinger Realschule com as professoras do AESA, Sónia Deus e Elsa Almeida.

A escola alemã acolhe alunos, de 28 diferentes nacionalidades, até ao 9º ano ou 10º ano, que, depois, seguem a via profissionalizante. Este intercâmbio, entre duas realidades diferentes, foi bastante positivo, pois permitiu comparar os dois sistemas de ensino, o português e o alemão. No sistema de ensino germânico, tal como em Portugal, todas as crianças frequentam o primeiro ciclo durante quatro anos, não podendo haver ensino doméstico. No quarto ano, ocorre a decisão sobre a escola secundária a ser seguida, de acordo com as classificações obtidas pelos alunos nos primeiros quatro anos de ensino. Esta fase está estruturada em: “Hauptschulen”- ensino secundário inferior; “Realschulen” – ensino secundário intermédio e “Gymnasium”- ensino secundário superior. A “Hauptschule” é concluída no 9º ano com o diploma “Hauptschulabschluss”; a “Realschule” é concluída no 10º ano com o diploma “Realschulabschluss”. Finda esta etapa, os alunos podem entrar para uma escola técnica ou prosseguir a sua escolaridade. O “Gymnasium” termina no 12º ou 13º ano com a conclusão “Abitur”, que dá ao aluno o direito ao acesso a uma universidade. Para crianças com necessidades educativas especiais, existem escolas especiais ou outras escolas especiais, de acordo com as suas limitações. Os alunos entram às 7h50m e terminam as aulas às 13h05m. Podem haver apoios da parte da tarde. As condições físicas e materiais da escola são bastante superiores às de Portugal, pois têm uma série de laboratórios, salas de criação artística, economia doméstica e salas de aula totalmente equipadas com materiais de alta qualidade. Assistimos também a uma série de aulas destinadas aos alunos estrangeiros, de Biologia, Física, Química, Economia doméstica, Francês, Oficinas, Artes, entre outras, de forma a observar a dinâmica dos diferentes professores, ao nível de inclusão, e ainda da utilização de ferramentas digitais facilitadoras das aprendizagens. Foi uma experiência gratificante que nos fez evoluir enquanto professoras e pessoas e é útil para alargar a escola aos valores europeus.

Professoras Elsa Almeida e Sónia Deus, ESPAM

Jornal 848 – feve2024

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