Grécia
O Projeto “Erasmus Green@tion AESA” embarcou, mais uma vez, numa nova aventura, viajando de forma sustentável: após uma longa viagem de comboio, um voo doméstico e uma viagem de barco, chegou à pitoresca ilha de Creta, na Grécia, que o recebeu com uma tórrida “Kaliméra” (bom dia!), apesar de ainda ser de madrugada.
Entre os dias 25 e 02 de agosto, as professoras e coordenadoras do projeto, Helena Freixo e Elisabete Simões, participaram no seminário “Stress Management in Schools”, promovido pelo Lifelong Learning Centre «Oloklirosi» em Heraclião, Creta, que teve como principal temática “A gestão do stress na instituição e a importância da comunicação e inteligência emocional na sala de aula”. A diversidade dos temas abordados, e das atividades realizadas, foi um dos pontos fortes do programa, que contou com um programa dinamizado, principalmente, por três oradores/formadores, com formação académica diversificada.
Ao longo de 7 dias, foram dinamizadas atividades díspares; trabalharam-se competências que contribuem para o bom ambiente na sala de aula, sendo o binómio ‘escuta ativa & empatia’ os atores principais desta narrativa; abordou-se a temática da gestão do stress, com a introdução de algumas técnicas de relaxamento e respiração, com realce para a importância do autoconhecimento, da aceitação e, sobretudo, da priorização do que nos é importante.
Em perfeita harmonia com outros profissionais da educação da Croácia, Eslovénia, Espanha, Hungria, Itália e Polónia, a partilha foi uma constante que levou, nesta terra fértil em mitologia, à queda de alguns mitos e à constatação de muitas semelhanças, apesar de aparentemente haver “crenças” diferentes. Neste puzzle cultural, visitámos o museu arqueológico de Heraklião e perdemo-nos pelos labirintos do Palácio de Knossos, de modo a descobrirmos mais sobre a civilização minoica, que surgiu na Idade do Bronze, em Creta. Calcorreando a cidade, deparamo-nos com a Fonte dos Leões e o forte veneziano, ambos símbolos máximos da presença veneziana e a igreja ortodoxa de São Tito, padroeiro de Creta. Ao longo da estadia foi ainda possível percorrer parte da quinta maior ilha do Mediterrâneo, que, em tempos, foi motivo de disputas entre venezianos e bizantinos dada a sua localização estratégica, estando os vestígios destas duas civilizações bem presentes em cada recanto das suas ruas, particularmente na cidade de Retimno, a mais bonita da ilha, com a sua majestosa fortaleza e belíssimas igrejas. Apesar da maioria da população ser ortodoxa, também aqui as semelhanças são evidentes, sendo o rito praticamente o mesmo da igreja católica. Próximo de Retimno, fica o mosteiro ortodoxo de Arcádi,testemunho da resistência de Creta, quando ainda fazia parte da República de Veneza contra a ocupação muçulmana, e no qual ocorreu o massacre de quase mil cretenses, na sua maioria mulheres e crianças, como resultado dessa mesma resistência.
Rica em vegetais e fruta, que abundam nas bancas de qualquer estabelecimento, a gastronomia é simples e apetitosa, como humilde e afável é o seu povo. Das saladas aos queijos, passando pela divina Moussaka ao Souvlaki com molho de iogurte, fruta da época ou doce (que em quase todos os restaurantes ou tabernas é oferecido como cortesia), remata-se o repasto com um cálice de raki ou ouzo para fazer a digestão! “Yassou!” (Saúde!)
Em terra de turismo e praias tão bonitas, quanto apinhadas nesta altura do ano, ainda se consegue premiar os mais aventureiros com alguns tesouros como Matala onde com alguma calma ainda se pode ir a banhos com direito a espaço para a toalha.
No regresso, houve lugar a uma breve passagem pela capital do país para cumprimentar “Atenas”, não fosse ela a deusa da sabedoria e, por último, demos um saltinho a Meteora, um dos complexos mais importantes da igreja ortodoxa grega, no qual se erguem atualmente seis mosteiros no topo de rochas de arenito, região de uma beleza ímpar, recomendada há gerações na gestão do stress!
Professoras Helena Freixo e Elisabete Simões, AESA.