A viagem está no sangue dos portugueses, filhos das corajosas tripulações que se entregaram ao desconhecido e ao perigo, com o sonho de encontrar um mundo para além deste pedaço de terra tão pequenino. E, como boa portuguesa que sou, sinto uma paixão enorme por viajar, também para conhecer outros mundos, mas, essencialmente, para me conhecer a mim, uma parte de mim que se encontra por desbravar!
A meu ver, este ato enriquece-nos de uma maneira fascinante: estar em contacto com distintas realidades, conhecer novas perspetivas da vida, torna-nos mais abertos à diferença, menos intolerantes, permitindo-nos atravessar as tão limitadas fronteiras da nossa cabeça. Para mim, uma viagem é quase como uma ida à escola, o conhecimento que adquirimos é tão vasto, a todos os níveis. Quando visitei o anexo onde Anne Frank e a sua família se esconderam dos nazis, durante meses, em Amesterdão, aprendi tanto sobre a Segunda Guerra Mundial, mas mais do que meros factos históricos, aprendi a valorizar a minha vida, a minha liberdade e as oportunidades que me são oferecidas. Viajar tem destas coisas bonitas, enche-nos o coração de gratidão!
Em síntese, uma viagem proporciona-nos experiências inesquecíveis, capazes de mudar a nossa vida. E ah!… como é bom, depois de uma longa viagem, chegar a casa, chegar a este pedaço de terra tão pequenino, que é o nosso Portugal!
Clara Pexirra, 11ºB, ESPAM-AESA.
Prof.ª Saudade Mestre
Fotografia: Carlos Pfumo
Jovializar Março – Jornal “O leme” 827