A cidade perdida de Atlântida

Face ao desconhecido, o ser humano tem tendência a criar histórias e lendas numa tentativa de explicar o inexplicável. De facto, todos já ouvimos mitos como o mistério que envolve o Triângulo das Bermudas, a lenda do Lago Ness ou até mesmo a história da cidade perdida de Atlântida.

A ilha de Atlântida foi mencionada pela primeira vez nos diálogos “Timaeu” e “Críton” de Platão em 360 a.C. O filósofo grego localizou a ilha perto do Estreito de Gibraltar e caracterizou a sua população como um povo muito avançado para o seu tempo. Apesar disto, a ética deste povo foi diminuindo, levando, segundo Platão, a que fossem alvo de um castigo divino de Poseidon, que afundou a ilha em apenas um dia e uma noite.

Assim, e como era de esperar, foram criadas várias lendas e teorias o que realmente aconteceu em Atlântida. A primeira teoria assume que esta é um lugar fictício, mas que a sua história é real, baseando-se num possível dilúvio do Mar Negro. Especula-se que a cerca de 5600 A.C., o Mar Negro era apenas um lago que passou por um dilúvio, e que os habitantes das civilizações à sua volta que sobreviveram às inundações, foram contando versões exageradas da história que acabou por chegar aos ouvidos de Platão. Outra teoria envolve a antiga civilização Minóica, localizada em Creta. Apesar de constituírem a primeira grande civilização europeia, os minoicos desapareceram por completo da História quando um terramoto perto de Santorini (Grécia) deu início a uma erupção vulcânica. Segundo peritos, os tsunamis que se seguiram ao terramoto em conjunto com a erupção, podem ter sido fortes o suficiente para abater as cidades minoicas. A última teoria, que não podemos ignorar, é que Atlântida fora meramente uma história inventada por Platão, o que é bastante provável devido à falta de registo prévio e à sua semelhança com a teoria de “A República”, do filósofo.

Real ou fictício, não podemos negar que a história de Atlântida cria interesse na mente das pessoas. Talvez seja por esse motivo que o caso não está completamente encerrado, pois à medida que a tecnologia e o nosso conhecimento do mundo evoluem, vão sendo criadas mais e mais teorias e talvez encontradas provas concretas sobre a sua existência.

Inês Gonçalves, 11.º E/F, ESPAM

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